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Automação residencial: sistemas se tornam cada vez mais práticos e acessíveis

 Em se tratando de automação residencial, o futuro é agora. Já é possível controlar consumo, temperatura, iluminação, água da piscina, sistema de irrigação, televisão, som... Tudo por meio do tablet ou do smartphone. A tecnologia permite programar em que cenário se deseja despertar, assistir a filmes ou ler, alterando a iluminação com LED. Mais do que isso, sensores ajustam automaticamente a temperatura do imóvel, conforme o clima externo, programando a abertura das persianas e o ar condicionado. O mesmo ocorre com as luzes, que podem ser, por exemplo, desligadas quando o ambiente estiver vazio ou quando a iluminação natural estiver de acordo com o limite pré-ajustado (nesse caso, as persianas seriam abertas). 
 
Para garantir a segurança, existem sensores de presença, de abertura de portas e janelas, câmeras, sensores biométricos. Quando a família se ausentar, pode enganar possíveis invasores programando o acendimento de luzes em ambientes alternados de acordo com o horário, para que a casa pareça habitada. Além disso, há sensores contra acidentes, como detectores de gás, de incêndio ou de inundação. 
 
"Com a tecnologia existente, pode-se automatizar quase tudo em uma residência. A ideia dos fabricantes é que a casa trabalhe para você", comenta Félix Soares Coromberk, da empresa Beta Network. Segundo ele, os controladores existentes permitem a adaptação de qualquer necessidade, seja econômica, de segurança, conforto ou praticidade. 
 
Tudo isso com a facilidade do controle à distância. É possível verificar da sala de estar como está o ambiente do quarto, ativando ou desativando recursos. Melhor ainda, se você preparar um cenário “recepção”, com a temperatura, iluminação, música ou canal de televisão que considera ideais, basta acioná-lo com um toque no seu smartphone quando estiver a caminho de casa. 
 
Apesar de toda a tecnologia existente, o usuário ainda é conservador. "Hoje, os itens mais procurados são as cenas de iluminação, som e imagem (home theater), persianas, ar condicionado e biometria de acesso na porta principal", explica a arquiteta Daniela Sikora.
 
Diferentes alternativas:
 
Existem diversos sistemas de automação residencial que se comunicam e atuam de formas distintas. Alternativas sem fio, que já dominam mercados como o dos Estados Unidos, vêm chegando aos poucos para o Brasil. 
 
"Estamos em um momento de transição de tecnologias. Não há nenhum sistema importante de automação que não funcione via wireless. Apesar disso, profissionais, revendedores e usuários brasileiros estão se adaptando, sendo os sistemas cabeados ainda bastante utilizados, pois só havia esses até pouco tempo", comenta Leonardo Senna, diretor da iHouse, empresa paulista de automação. 
 
Já Coromberk aponta vantagens de ambos os lados. Por um lado, sistemas cabeados têm uma instalação mais complicada, pois exigem adaptação da residência – o que envolve uma reforma com quebra de paredes. Dessa forma, são mais caros, envolvendo gastos com mão de obra e infraestrutura. 
 
"As  vantagens dos cabeados são a robustez do sinal de comunicação e uma variedade maior de dispositivos. Em contrapartida, algumas vezes a instalação sem fio em um ambiente pode demorar apenas dois dias, tempo inviável com o sistema cabeado", sinaliza. 
 
Outra vantagem do sistema via wireless é que se pode incluir a automação aos poucos, por meio de módulos. Ou seja, é possível começar por áudio, vídeo e iluminação, por exemplo, e posteriormente incluir outros, como persianas e ar condicionado. 
 
Para Senna, os conceitos de modulares e wireless aproximaram nossas casas da tecnologia. O que falta para a casa do futuro se tornar realidade é detalhe: tudo o que pode ser acessado à distância já pode ser controlado, o que inclui até mesmo os eletrodomésticos. 
 
Félix Coromberk concorda e cita uma mega-aquisição recente para defender o crescimento da automação nos mercados:
 
"Os aparelhos eletrônicos, como aparelhos de televisão, Blu-rays e até geladeiras, estão vindo com aplicativos para serem controlados por smartphones. 
Um grande ícone disso é a Nest, comprada pela Google por US$ 3,2 bilhões. A Nest é o caminho que a automação residencial irá tomar. Dispositivos independentes de centrais que podem ser comprados em supermercados ou lojas", define.
 
Como funciona na prática:
 
A inclusão de itens automatizados na residência tem se tornado cada vez mais fácil – e também acessível. Daniela indica alguns produtos que dificultam a colocação, como as banheiras e o aspirador central, que exige uma tubulação similar à hidráulica. 
 
"Se a residência estiver pronta para morar, certamente o morador precisará ter paciência para suportar uma pequena obra", conta a arquiteta. 
 
Além disso, mesmo dispositivos sem fio precisam ter uma alimentação elétrica. Assim, quanto mais adaptado o imóvel estiver para automação, menos transtornos na hora da colocação. 
 
"No lugar da cortina automatizada, por exemplo, é necessário já ter uma espera, onde vai ser ligada a alimentação do motor e de seu controlador", esclarece Coromberk. No caso da automação cabeada a necessidade é ainda maior, já que tubulações conduzirão os cabos com os sinais de comunicação para a central de controle da casa. No caso dos módulos, Leonardo Senna garante que uma sala com automação sem fio sai por menos de R$ 9 mil, já com a mão de obra de instalação, considerando o preço estimado dos produtos na iHouse.
  • 23 de Setembro de 2014
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