Qual tipo de financiamento imobiliário é o melhor? Depende da sua situação financeira e do seu objetivo!
O valor do imóvel, a sua renda e o dinheiro que você tem disponível para investir influenciam essa decisão. Então, é preciso, primeiro, estar ciente da sua condição e do seu propósito; depois, conhecer as opções disponíveis e informar-se sobre as taxas, juros e prazos. Ainda é importante saber sobre a amortização, ou seja, como é feita a quitação da dívida.
Se você estiver bem informado, será capaz de fazer a melhor escolha! Para ajudar, vamos apresentar os tipos de financiamento praticados no Brasil e suas principais características.
1.Sistema Financeiro de Habitação (SFH)
O SFH usa recursos provenientes da Caderneta de Poupança e do FGTS para que seja possível a liberação de crédito às pessoas que desejam comprar imóveis ou construir. Para contratar este tipo de financiamento, o imóvel não pode custar mais de R$ 1,5 milhão e o valor financiado não pode ultrapassar 80%. A propriedade adquirida deve ser residencial, urbana e estar localizada onde o comprador trabalha ou reside. O prazo máximo para quitar a dívida é de 35 anos e a taxa de juros é de, no máximo, 12% ao ano.
Para poder contratar esse tipo de financiamento imobiliário, a pessoa não pode ter outro em aberto. Além disso, para usar o FGTS como abatimento no valor do imóvel é necessário ter o correspondente a 10% do valor total.
O programa Minha Casa, Minha Vida / Casa Verde Amarela, do governo federal, está incluído nesta modalidade, mas tem requisitos próprios.
2. Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI)
Se a compra do imóvel não se encaixar nas características do SFH, a opção é o SFI. Imóveis com valores altos, portanto, se enquadram nesse tipo de financiamento. Esta modalidade é muito usada por investidores do setor imobiliário.
Com o SFI, a burocracia é menor. Como é possível negociar com a instituição financeira que vai conceder o crédito, é possível obter taxas melhores. Porém, não é possível usar o FGTS para ajudar a quitar o valor do imóvel.
Amortização
A amortização do financiamento imobiliário é definida conforme cada instituição financeira. Então, é fundamental você verificar essa questão. São praticados três tipos: SAC, Sacre e tabela price,. Veja a seguir as características de cada tipo.
1. Sistema de Amortização Constante (SAC)
A principal característica é a manutenção do mesmo valor de amortização até a última parcela. Os juros são calculados sobre o saldo devedor, então, a prestação fica menor com o passar dos meses. Como a prestação reduz de forma gradativa, é uma modalidade muito usada, por oferecer mais segurança em relação a imprevistos futuros, como a redução da renda familiar, por exemplo.
2. Sistema de Amortização Crescente (Sacre)
Nesse caso, as parcelas têm valor crescente até uma quantidade determinada e, a partir daí, até o fim do financiamento, começam a diminuir. As amortizações ocorrem conforme o pagamento das parcelas, o que consequentemente faz diminuir os juros.
3. Tabela Price
As parcelas são fixas, os juros são decrescentes e a amortização é crescente. Então, nas primeiras parcelas, a maior parte dos pagamentos serão referentes aos juros. O indexador mais comum é a Taxa Referencial (TR), que é divulgada pelo Banco Central do Brasil.
É a única alternativa para se trabalhar com parcelas fixas, mas pode ser desvantajoso. Isso porque, se a renda do devedor não for ajustada, ele pode ter dificuldades em pagar a dívida. Não é muito usado no Brasil.
Agora que você conhece as alternativas de financiamento disponíveis e os tipos de amortização, ficou mais fácil decidir a mais adequada para seu perfil e objetivo? Se ainda precisar de ajuda, nossa equipe está sempre pronta para ajudar você a fazer as melhores escolhas!