O setor imobiliário experimenta mudanças no perfil dos consumidores de imóveis, segundo a Datastore, empresa de pesquisas de mercado para este ramo. Nas décadas de 80 e 90, os principais consumidores eram jovens que priorizavam casamento, filhos e compra da casa própria. Hoje, já é diferente; e deve mudar ainda mais.
Segundo o estudo, sete novos públicos se destacam e serão responsáveis pelo “boom” do setor, previsto já para os próximos meses. São eles: jovens adultos que querem investir; casais acima de 35 anos que não querem filhos; que têm apenas um filho; que são “pais” de pets; pessoas LGBTQIA+; aqueles com mais de 60 anos e a geração digital. Apesar de bastante diversos, eles têm uma característica em comum; a valorização dos serviços e da tecnologia.
Marcus Araujo, presidente da Datastore, destaca que é a primeira vez que a tecnologia define como serão os imóveis. Segundo ele, nos anos 1980 e 1990, a segurança era o que mais importava para os consumidores. Em 2000, foi a vez do lazer, com a valorização das áreas comuns. “Agora, na avaliação dos especialistas, o lazer é essencial e os serviços despontam como a nova fronteira, em conexão com a economia digital. “O imóvel vai muito além do metro quadrado”, afirma Araujo.
Conforme a pesquisa, o primeiro novo público de imóveis é formado por solteiros que têm entre 25 e 35 anos. São ativos no mercado de trabalho, vivem com os pais ou amigos e pensam em se casar mais tarde. Esse grupo, de acordo com o estudo, acaba tendo sobra de dinheiro e passou a investir em imóveis compactos ou estúdios, com o intuito de alugar e gerar renda.
Os casais com mais de 35 anos formam três públicos distintos. Há os que decidiram não ter filhos, gostam de viajar e fazer compras e buscam apartamentos mais práticos e modernos.
Depois vêm os casais com um único filho, que também querem imóveis compactos, só que bem equipados, com home office, varanda gourmet e estrutura de lazer para a família. Por fim, Há os casais que têm pets como “filhos”. Este é um público que procura empreendimentos pet friendly.
O quinto público, formado por pessoas LGBTQIA+, engloba as características dos quatro anteriores. Esse nicho tem não precisa de imóvel específico, mas deseja ser atendido com respeito e dignidade, o que nem sempre acontece.
Um outro grupo que emergiu no novo cenário é o das pessoas com mais de 60 anos, que estão se tornando avós mais tarde ou nem o serão. Sem netos, investem em longevidade e moradias mais práticas. Não querem apartamentos grandes com altos custos de manutenção e condomínio, preferem investir em saúde e bem-estar.
Por fim, o público do futuro, ou seja, da era digital, que hoje tem cerca de 25 anos. Esses seriam os solteiros convictos, ou seja, não moram com os pais nem terão filhos.
Em 2050, os chamados solteiros convictos serão a maioria, segundo estudos publicados em revistas científicas. A pesquisa da Datastore estima que as famílias terão menos de duas pessoas em todas as classes sociais. Assim sendo, o mercado vai demandar cada vez mais os imóveis menores, porém confortáveis.
E você, em qual perfil se encaixa? Qual o imóvel ideal para o seu estilo de vida?