Por melhor que seja a qualidade de uma obra, ela sofre a ação do tempo e “envelhece”. As edificações, portanto, também precisam de check-ups periódicos para manter suas condições de habitação e segurança. O objetivo das inspeções periódicas é fazer intervenções pontuais, reparando as falhas antes que se tornem grandes problemas em médio e longo prazo.
Esse cuidado é válido tanto para casas quanto para condomínios. Porém, a necessidade é ainda mais evidente nos condomínios, já que os sistemas são usados por mais pessoas e, portanto, podem se desgastar mais facilmente. Além disso, os moradores não costumam se preocupar com isso, confiando essa tarefa a síndicos e administradoras.
Independentemente do tipo de imóvel e de quem é responsável por providenciar a inspeção, é importante saber o que deve ser periodicamente avaliado. Até para cobrar de quem vai realizar o trabalho, se for o caso.
Por onde começar?
Em primeiro lugar, é fundamental contar com profissionais habilitados tanto para fazer a inspeção quanto para corrigir os problemas encontrados. O que avaliar e com que frequência? A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabeleceu algumas regras para a manutenção de edificações. Veja a seguir as principais orientações da NBR 5674/2012.
Periodicidade semanal
Itens a serem inspecionados: sauna úmida (drenagem da água), gerador (nível de óleo e eventuais obstruções), reservatórios de água potável (nível dos reservatórios e funcionamento das boias), irrigação (funcionamento).
A cada 15 dias
Itens a serem inspecionados: bombas de água potável, água servida e piscinas, gerador e iluminação de emergência (efetuar teste de funcionamento).
Mensalmente
Itens a serem inspecionados: jardins (manutenção geral), ar-condicionado (manutenção do fabricante), portões e sistemas de monitoramento e segurança eletrônica (manutenção geral e testes de funcionamento), bombas de incêndio (funcionamento), ralos e grelhas, calhas e canaletas das águas pluviais (limpeza).
A cada três meses
Itens a serem inspecionados: porta corta-fogo (lubrificação), esquadrias de alumínio (limpeza geral se em zona marítima ou industrial), caixas de esgoto, de gordura e de águas servidas (limpeza).
A cada seis meses
Itens a serem inspecionados: piscina (manutenção do filtro e tanque de areia), deck de madeira (verificar elementos de fixação), reservatórios (limpeza).
Anualmente
Itens a serem inspecionados: lajes, vigas e pilares (verificação da integridade estrutural), sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (inspeção visual, integridade do sistema), áreas molhadas internas e externas, piscinas e reservatórios (integridade da proteção mecânica e da impermeabilização, juntas de dilatação, rejuntamento, sinais de infiltração, obstrução na tubulação e entupimento dos ralos, crescimento excessivo de árvores e raízes), rejuntamentos e revestimentos (verificar e refazer, se necessário), quadros de distribuição de circuitos (reapertar conexões), equipamentos de incêndio (recarga de extintores), cobertura (fixação das telhas).
A cada três anos
Itens a serem inspecionados: paredes externas/fachadas (inspecionar e, se necessário, efetuar lavagem).
A cada cinco anos
Itens a serem inspecionados: equipamentos de incêndio (teste hidrostático dos extintores e troca de mangueiras).
A manutenção em imóveis contribui para a redução da ocorrência de incidentes, além de melhorar o desempenho da edificação. Isso se traduz em redução de custos, valorização do imóvel e, claro, maior satisfação de seus moradores.
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